Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, IV CONECE

Tamanho da fonte: 
PRÁTICAS DE SAÚDE ENTRE ALUNOS DE UM CURSO SUPERIOR INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE
Maria Thereza Ávila Dantas Coelho, Vanessa Prado Santos, Bárbara Menezes Silva, Carine Jesus Tito, Déborah Santos Conceição, Ronali Iris Santana Oliveira

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


As práticas de saúde de um indivíduo podem ser influenciadas por diversos fatores, como a educação formal, a mídia impressa, televisiva e virtual, e toda a construção cultural de uma sociedade. A abordagem atual da mídia vem reforçando os benefícios da atividade física, sem, contudo, discutir o tema aprofundadamente. Os ideais de beleza e o culto ao corpo têm se misturado aos objetivos em torno da saúde e da prevenção de doenças. Uma consciência crítica e uma compreensão do assunto devem ser um objetivo permanente do profissional que lida com saúde e atividade física. Desse modo, conhecer o que pensam estudantes de um curso superior interdisciplinar em saúde sobre as práticas associadas à saúde é fundamental para se compreender como o futuro profissional se relaciona com o tema. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo destacar as principais práticas de saúde entre alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da UFBA. Ele faz parte do projeto de pesquisa: “Concepções e práticas de saúde e doença entre alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA)”. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário semi estruturado, que contém questões de caráter sócio-demográfico e perguntas abertas referentes a práticas de saúde dos alunos. Os questionários foram aplicados nas primeiras semanas do semestre 2011.1, em sala de aula, e respondidos manualmente pelos alunos, de forma livre. Os dados coletados foram, então, digitados e agrupados de acordo com os objetivos do estudo e analisados conforme a análise categorial proposta por Bardin. No ano de 2011, foram incluídos 122 estudantes, que ingressaram no curso nesse ano, com idade média de 23 anos, sendo 33 homens e 89 mulheres. Desses, 91% eram solteiros(as), 6% casados(as) e 3% divorciados(as). As práticas mais citadas por homens e mulheres para a manutenção de uma boa saúde foram a atividade física (64%) e a alimentação saudável (76%), não havendo diferença significativa entre os gêneros ou estado civil. Esses resultados podem estar relacionados ao desenvolvimento de estratégias e políticas que visam a promoção da saúde e redução dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, bem como à constante divulgação de informações sobre a importância da adoção de um estilo de vida saudável, principalmente através da alimentação saudável e do combate ao sedentarismo. Contudo, não se podem desprezar as influências da construção de um ideal de saúde e de um corpo saudável, vinculadas ao imperativo de consumo e às normas do mercado.

Palavras-chave


Práticas de saúde; Atividade Física; Educação superior

Referências


BAGRICHEVSKY, M.; ESTEVÃO, A. Os sentidos da saúde e a Educação Física: apontamentos preliminares. Arquivos em Movimento. Rio de janeiro, 2005.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.

CARVALHO, Y.M. O 'mito' da atividade física e saúde. Hucitec: São Paulo, 1995.

COSTA, E.M.B; VENÂNCIO, S. Atividade física e saúde: discursos que controlam o corpo. Revista pensar a prática, v. 7, n. 1, 2004.

GUALANO, B.; TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 25, n. spe, Dezembro, 2011.

Texto completo: PDF