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PRÁTICAS DE SAÚDE ENTRE ALUNOS DE UM CURSO SUPERIOR INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE
Última alteração: 2012-11-13
Resumo
As práticas de saúde de um indivíduo podem ser influenciadas por diversos fatores, como a educação formal, a mídia impressa, televisiva e virtual, e toda a construção cultural de uma sociedade. A abordagem atual da mídia vem reforçando os benefícios da atividade física, sem, contudo, discutir o tema aprofundadamente. Os ideais de beleza e o culto ao corpo têm se misturado aos objetivos em torno da saúde e da prevenção de doenças. Uma consciência crítica e uma compreensão do assunto devem ser um objetivo permanente do profissional que lida com saúde e atividade física. Desse modo, conhecer o que pensam estudantes de um curso superior interdisciplinar em saúde sobre as práticas associadas à saúde é fundamental para se compreender como o futuro profissional se relaciona com o tema. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo destacar as principais práticas de saúde entre alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da UFBA. Ele faz parte do projeto de pesquisa: “Concepções e práticas de saúde e doença entre alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA)”. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário semi estruturado, que contém questões de caráter sócio-demográfico e perguntas abertas referentes a práticas de saúde dos alunos. Os questionários foram aplicados nas primeiras semanas do semestre 2011.1, em sala de aula, e respondidos manualmente pelos alunos, de forma livre. Os dados coletados foram, então, digitados e agrupados de acordo com os objetivos do estudo e analisados conforme a análise categorial proposta por Bardin. No ano de 2011, foram incluídos 122 estudantes, que ingressaram no curso nesse ano, com idade média de 23 anos, sendo 33 homens e 89 mulheres. Desses, 91% eram solteiros(as), 6% casados(as) e 3% divorciados(as). As práticas mais citadas por homens e mulheres para a manutenção de uma boa saúde foram a atividade física (64%) e a alimentação saudável (76%), não havendo diferença significativa entre os gêneros ou estado civil. Esses resultados podem estar relacionados ao desenvolvimento de estratégias e políticas que visam a promoção da saúde e redução dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, bem como à constante divulgação de informações sobre a importância da adoção de um estilo de vida saudável, principalmente através da alimentação saudável e do combate ao sedentarismo. Contudo, não se podem desprezar as influências da construção de um ideal de saúde e de um corpo saudável, vinculadas ao imperativo de consumo e às normas do mercado.
Palavras-chave
Práticas de saúde; Atividade Física; Educação superior
Referências
BAGRICHEVSKY, M.; ESTEVÃO, A. Os sentidos da saúde e a Educação Física: apontamentos preliminares. Arquivos em Movimento. Rio de janeiro, 2005.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.
CARVALHO, Y.M. O 'mito' da atividade física e saúde. Hucitec: São Paulo, 1995.
COSTA, E.M.B; VENÂNCIO, S. Atividade física e saúde: discursos que controlam o corpo. Revista pensar a prática, v. 7, n. 1, 2004.
GUALANO, B.; TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 25, n. spe, Dezembro, 2011.
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