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A memória lúdica de professores do IFSP – Campus Avaré.
Luciana Pereira de Moura Carneiro

Última alteração: 2016-10-06

Resumo


Diversos autores tratam da importância do brincar na formação do indivíduo. Huizinga (1938) ressalta que os momentos lúdicos são essenciais durante toda a vida, desde a infância até a fase adulta, embasando-se em teorias que retratam o jogo como uma preparação do indivíduo para a vida, como um exercício de autocontrole. Assim sendo, o autor coloca o jogo como uma das principais bases da civilização, mostrando o quão importante é para o ser humano. O objetivo geral desta comunicação é identificar do que, onde e com quem brincavam os professores do IFSP-Campus Avaré e como percebem a influência destas vivências em sua atuação profissional atual. As informações foram coletadas através de entrevistas semiestruturadas. Conclui-se que há semelhança entre os jogos e brincadeiras da infância e adolescência dos entrevistados. Todavia, são percebidas algumas diferenças entre professores que viveram na área urbana e rural. Aqueles que viveram na área urbana citaram brincadeiras de rua, tais como pega-pega, taco ou bets e esconde-esconde; já os que viveram em áreas rurais utilizavam com mais frequência elementos naturais, como água e terra, acendiam fogueiras e contavam histórias, além das brincadeiras de rua. Em geral, na infância os entrevistados brincavam com membros da família (irmãos, primos, etc.), vizinhos e colegas da escola. Os locais mais frequentados para brincar era a rua, a escola e em casa. Durante a adolescência, são citadas outras atividades, como religiosas e práticas esportivas. As companhias para estes momentos continuavam sendo amigos de escola, vizinhos e familiares. Mantiveram-se, também, os mesmos locais onde eram realizadas as brincadeiras da infância. Foi consenso entre os entrevistados que as brincadeiras, tanto da infância quanto da adolescência, influenciaram no relacionamento interpessoal no trabalho, ajudando a perceber a hora de falar e de ouvir, de ser líder e de respeitar as dificuldades de outro indivíduo. Foi unânime a afirmação de que atualmente o brincar dos jovens é diferente devido, entre outras coisas, à insegurança dos pais em deixar os filhos brincarem na rua por causa da violência e da grande quantidade de carros, além da questão do desenvolvimento tecnológico. Desde muito cedo as crianças têm contato com a tecnologia (celulares, tablets, computadores, etc.) em detrimento de outras atividades, como as brincadeiras de rua, por exemplo.

Palavras-chave


Memória lúdica, IFSP, Infância, Adolescência.

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