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A materialização de ações educativas em que a inclusão de alunos com deficiências integra o projeto político escolar representa um avanço inovador e contribui com as discussões e debates sobre a temática da deficiência. Aqui estamos centrados numa concepção de homem que pensa, age, e sente e que pressupõe um fazer dialético, de criação constante do conhecimento a partir da superação e/ou negação às diferenças. Focar a vida da pessoa com deficiência e refletir sobre temas relacionados a esse segmento social, afim de uma melhor compreensão as diferenças individuais e que consequentemente atinge o espaço escolar. Aproveitamos as competições dos jogos Paralímpicos Rio 2016, para dialogar criticamente com os alunos sobre valores e experiências a partir das modalidades que integram as competições Paralímpicas. O objetivo ficou definido por analisar a partir de diálogos, jogos, dinâmicas e experiênciações junto com os estudantes, as práticas lúdicas que possam contribuir para a superação do preconceito com as diferenças sejam de qualquer caráter. Assim, como metodologicamente adotamos os princípios da pesquisa- ação, os conceitos-chave da etnometodologia e os pressupostos da proposição crítico-superadora para garantir a realização das práticas e a leitura dos dados com base nas seguintes categorias de análises cooperação, integração, respeito, humanização que representam um processo de valorização pessoal. Os instrumentos a observação participativa e a entrevista narrativa. Foi realizado na Escola Estadual Timbi-Município de Camaragibe-PE, nas aulas de Educação Física do Programa PIBID-NIEL-UFPE durante as semanas que presidiram aos jogos Paralimpicos Rio 2016. Foi possível constatar que os alunos em suas falas afirmaram a necessidade de desenvolver ações reflexivas sobre pessoas com deficiência, realizar práticas lúdicas visando viver o lazer dentro e fora da escola levando em conta as categorias explicativas como: cooperação, integração, respeito, humanização. As experimentações das modalidades paralímpicas despertaram novos interesses contribuindo como troca de conhecimento e informações entre os alunos e além da escola, ainda, servindo como papel importante na formação humana e na socialização. Ficou evidente que ao construir essas práticas os jogos paralímpicos deixaram de ser apenas um espetáculo tornando-se uma fonte de produção de conhecimento. Reafirmaram ser necessário e inadiável garantir uma visão diferenciada, respeitosa e inclusiva em que pode e deve se relacionar com valores humanos valorizando o respeito às diferenças individuais de cada um.

Pessoas com Deficiência, Educação Física Escolar, Jogos Paralímpicos.