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PERFIL DAS LESÕES DESPORTIVAS EM JOVENS ATLETAS DO HANDEBOL FEMININO PARAENSE
Monica Yumi Okada, Luana Moraes, Beatriz Teles

Última alteração: 2018-09-18

Resumo


O handebol é um dos esportes coletivos mais populares do mundo. No Pará, existem clubes de tradição os quais desenvolvem dentro de sua estrutura física o treinamento desportivo desta modalidade, dentre estes, se destacam: Remo, Paysandu e SESI. Ao analisar o histórico dessas equipes, se percebe que estas já obtiveram sucesso em competições nacionais, porém muitos jovens acabaram por deixar o treinamento desportivo precocemente, fato este motivado, segundo Rose (2009) principalmente pela ocorrência de lesões. Dessa forma, Hillman (2002) afirma em seus estudos que coletar dados epidemiológicos irá possibilitar o conhecimento sobre os cuidados necessários no treinamento, métodos de prevenção e reabilitação mais adequados ao atleta, buscando prolongar sua vida esportiva e saúde. Assim, este estudo propõe como objetivo principal, identificar o perfil das lesões desportivas que ocorrem na modalidade handebol e nessa perspectiva. O método de pesquisa desenvolvido neste estudo foi o descritivo, comparativo e correlacional, com abordagem quantitativa. Utilizou-se para a coleta de dados, o Questionário de Inquérito de Morbidade Referida (IMR) de Pastre et al.(2008). Os dados estatísticos foram apresentados na forma de tabelas. A amostra foi constituída de 42 jogadoras entre 14 e 19 anos, na condição de atletas de clubes paraenses com o mínimo de um ano de treinamento. Após a análise de dados identificou-se uma predominância de lesões nos membros inferiores e de natureza articular (59,6%), dentre estas, as regiões anatômicas mais acometidas por lesões consistem em joelho (25,2%) e tornozelo (23,3%). Quanto aos membros superiores, a maior incidência de lesões ocorreram nas articulações dos ombros (18,6%) e nas mãos (9,34%), nas quais ocorrerem luxações. Além disso, o número de lesões recorrentes no momento de jogo é 2,93 vezes superior ao de treino. Para Borges (2015), o perfil da lesão se relaciona com os gestos esportivos característicos de cada modalidade. Na análise dos dados dos resultados se pode constatar uma significativa maior prevalência de tratamento realizado por conta própria na amostra (35,42%), comparado com métodos tradicionais. Se conclui, contudo, que o perfil delimitado, levantou informações pertinentes e importantes para basear um futuro planejamento de prevenção de lesões e contribuir para o sucesso esportivo dos atletas.

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