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Esta investigação objetiva apresentar reflexões acerca de como foliões trajados tradicionalmente no carnaval de Veneza concebem a máscara e como a relação corpo-máscara é construída no tempo-espaço da festa. O desenvolvimento dessa temática materializa-se com a imersão no cotidiano veneziano e nas festividades carnavalescas, nas quais o costume de adornar-se com máscaras e fantasias compõe o cenário da festa. Observações e entrevistas foram os instrumentos realizados nessa pesquisa, a qual contou com a participação de cinco foliões trajados tradicionalmente em locais públicos da cidade de Veneza, no ano de 2013. Os dados apontam para a dialética entre corpo e máscara: ora essa relação se expressa pela busca de experiências que correspondam à máscara em seu sentido tradicional, relacionadas à liberdade, à dimensão lúdica, à construção estética como via para se alcançar o protagonismo na festa e à representação teatral; ora ela ocorre a partir da lógica “máscara produto”, pautada na construção de subjetividades padronizadas estabelecidas pela própria festa e na subordinação aos moldes comerciais.