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A PÓS-GRADUAÇÃO NO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFF
Última alteração: 2020-08-17
Resumo
INTRODUÇÃO
Em 1975, pelo Decreto 69450/71, foi implantada a Educação Física na Universidade Federal Fluminense (UFF). Por força legal iniciava uma trajetória, marcada por diálogos conjunturais e epistemológicos que consolidaram àquele momento - exemplo disso foi o Programa de Prática Desportiva que materializava uma Educação Física obrigatória (e arbitrária) para os universitários brasileiros (CASTRO et. all, 2005). Mais a frente, houve clamor da comunidade pela criação de uma graduação, mas os professores da Instituição optaram por uma Especialização e, em 1989, iniciou o curso Pesquisa em Educação Física - depois, transformado e mantido na Especialização em Educação Física Escolar. Essa experiência deu a consistência acadêmica para iniciar a Licenciatura, em 2007.
Essa história justifica a proposição da construção e socialização de novos conhecimentos, através da implantação de um Curso Stricto Sensu.
REFERENCIAL TEÓRICO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
A formação inicial expressa problemas pelo modo como a produção social está organizada: de forma segmentada, apoiada nas ciências modernas, produto da dualidade entre teoria e prática, formação e trabalho, universidade e escola, saber e fazer - que se expressam na divisão entre graduação e pós-graduação. Com as Diretrizes Curriculares (BRASIL, 2004) passou a haver a cisão da formação inicial, a partir do local de trabalho para o qual se está formando: licenciado para a escola e graduado para os demais locais. Em decorrência, um redirecionamento dos conhecimentos compreendidos como próprios da formação para a escola, com características teóricas, próximos das ciências sociais e; os de cunho técnico para o ambiente não escolar.
Nesse contexto, identificamos afastamento entre a formação inicial e continuada, seja lato ou stricto sensu. Já o IEF/UFF defende a unidade dialética entre teoria e prática, formação e trabalho, universidade e escola, saber e fazer, materializada desde a formação inicial, consolidada na pós-graduação lato sensu - embora alguns estudos relacionados à pós-graduação em educação física no Rio de Janeiro identifiquem sua relação exclusiva ao stricto sensu (TELLES; LÜDORF; PEREIRA, 2017) - e, constituindo-se como princípio dos trabalhos para uma pós stricto sensu. Com essa perspectiva, construímos uma proposta, através de comissão que estuda diferentes documentos; apresenta e debate com o conjunto do IEF/UFF; participa de diferentes encontros relacionados aos programas de pós-graduação – como os organizados pelo CBCE.
CONSIDERAÇÕES PARCIAIS/DESDOBRAMENTOS
A consolidação de uma proposta de mestrado, pelo IEF/UFF, faz-se na relação desse Instituto como produtor e difusor do conhecimento na área da educação física; com ações acadêmicas que proporcionem compartilhar do realizado, desdobrando em uma dinâmica de “solidariedade acadêmica” - para não cair na lógica do “produtivismo”, do adoecimento dos sujeitos envolvidos, de situações que estão na contra mão do entrelace do conhecimento com os princípios anteriormente mencionados.
No contexto do estado do Rio de Janeiro, encontramos lacunas e redução de oferta para essa formação continuada, pois hoje contamos com um programa em instituição pública estadual, um em instituição pública federal e, outro em instituição privada. Todos os públicos favorecendo uma área geográfica distinta da nossa.
Não menos importante é estarmos atentos à paulatina retirada de investimentos, como expressa o apoio da CAPES aos mestrados que, em sua regulamentação, já não recebem bolsas e que; constituir um trabalho institucional é evidenciar a própria área, a qual vem questionando o predomínio destinado à subárea biodinâmica, em detrimento das sociocultural e pedagógica, como aponta documento encaminhado a CAPES (FÓRUM DE PESQUISADORES DAS SUBÁREAS SOCIOCULTURAL E PEDAGÓGICA, 2015).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CNE/CES 007. Brasília: CNE/Câmara de Educação Superior, 2004.
CASTRO, Waldyr et. all. Proposta de anteprojeto da comissão para criação de uma escola de Educação Física na UFF. In: IX Encontro Fluminense de Educação Física Escolar, 2005, Anais... Niterói: UFF, 2005, p. 312-340.
FÓRUM DE PESQUISADORES DAS SUBÁREAS SOCIOCULTURAL E PEDAGÓGICA. Cenários de um descompasso da Pós-Graduação em EF e demandas encaminhadas à CAPES. CBCE, 2015. . Acesso: 03/03/ 2018.
TELLES, Silvio; LÜDORF, Silvia e PEREIRA, Erik (orgs.). Pesquisa em educação física: perspectivas sociocultural e pedagógica em foco. Ebook - Rio de Janeiro, 2017.
Em 1975, pelo Decreto 69450/71, foi implantada a Educação Física na Universidade Federal Fluminense (UFF). Por força legal iniciava uma trajetória, marcada por diálogos conjunturais e epistemológicos que consolidaram àquele momento - exemplo disso foi o Programa de Prática Desportiva que materializava uma Educação Física obrigatória (e arbitrária) para os universitários brasileiros (CASTRO et. all, 2005). Mais a frente, houve clamor da comunidade pela criação de uma graduação, mas os professores da Instituição optaram por uma Especialização e, em 1989, iniciou o curso Pesquisa em Educação Física - depois, transformado e mantido na Especialização em Educação Física Escolar. Essa experiência deu a consistência acadêmica para iniciar a Licenciatura, em 2007.
Essa história justifica a proposição da construção e socialização de novos conhecimentos, através da implantação de um Curso Stricto Sensu.
REFERENCIAL TEÓRICO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
A formação inicial expressa problemas pelo modo como a produção social está organizada: de forma segmentada, apoiada nas ciências modernas, produto da dualidade entre teoria e prática, formação e trabalho, universidade e escola, saber e fazer - que se expressam na divisão entre graduação e pós-graduação. Com as Diretrizes Curriculares (BRASIL, 2004) passou a haver a cisão da formação inicial, a partir do local de trabalho para o qual se está formando: licenciado para a escola e graduado para os demais locais. Em decorrência, um redirecionamento dos conhecimentos compreendidos como próprios da formação para a escola, com características teóricas, próximos das ciências sociais e; os de cunho técnico para o ambiente não escolar.
Nesse contexto, identificamos afastamento entre a formação inicial e continuada, seja lato ou stricto sensu. Já o IEF/UFF defende a unidade dialética entre teoria e prática, formação e trabalho, universidade e escola, saber e fazer, materializada desde a formação inicial, consolidada na pós-graduação lato sensu - embora alguns estudos relacionados à pós-graduação em educação física no Rio de Janeiro identifiquem sua relação exclusiva ao stricto sensu (TELLES; LÜDORF; PEREIRA, 2017) - e, constituindo-se como princípio dos trabalhos para uma pós stricto sensu. Com essa perspectiva, construímos uma proposta, através de comissão que estuda diferentes documentos; apresenta e debate com o conjunto do IEF/UFF; participa de diferentes encontros relacionados aos programas de pós-graduação – como os organizados pelo CBCE.
CONSIDERAÇÕES PARCIAIS/DESDOBRAMENTOS
A consolidação de uma proposta de mestrado, pelo IEF/UFF, faz-se na relação desse Instituto como produtor e difusor do conhecimento na área da educação física; com ações acadêmicas que proporcionem compartilhar do realizado, desdobrando em uma dinâmica de “solidariedade acadêmica” - para não cair na lógica do “produtivismo”, do adoecimento dos sujeitos envolvidos, de situações que estão na contra mão do entrelace do conhecimento com os princípios anteriormente mencionados.
No contexto do estado do Rio de Janeiro, encontramos lacunas e redução de oferta para essa formação continuada, pois hoje contamos com um programa em instituição pública estadual, um em instituição pública federal e, outro em instituição privada. Todos os públicos favorecendo uma área geográfica distinta da nossa.
Não menos importante é estarmos atentos à paulatina retirada de investimentos, como expressa o apoio da CAPES aos mestrados que, em sua regulamentação, já não recebem bolsas e que; constituir um trabalho institucional é evidenciar a própria área, a qual vem questionando o predomínio destinado à subárea biodinâmica, em detrimento das sociocultural e pedagógica, como aponta documento encaminhado a CAPES (FÓRUM DE PESQUISADORES DAS SUBÁREAS SOCIOCULTURAL E PEDAGÓGICA, 2015).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CNE/CES 007. Brasília: CNE/Câmara de Educação Superior, 2004.
CASTRO, Waldyr et. all. Proposta de anteprojeto da comissão para criação de uma escola de Educação Física na UFF. In: IX Encontro Fluminense de Educação Física Escolar, 2005, Anais... Niterói: UFF, 2005, p. 312-340.
FÓRUM DE PESQUISADORES DAS SUBÁREAS SOCIOCULTURAL E PEDAGÓGICA. Cenários de um descompasso da Pós-Graduação em EF e demandas encaminhadas à CAPES. CBCE, 2015. . Acesso: 03/03/ 2018.
TELLES, Silvio; LÜDORF, Silvia e PEREIRA, Erik (orgs.). Pesquisa em educação física: perspectivas sociocultural e pedagógica em foco. Ebook - Rio de Janeiro, 2017.
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