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INTERMEDIÁRIOS DE FUTEBOL: AS RELAÇÕES COM JOGADORES E CLUBES
Walter Reyes Boehl, Mauro Myskiw

Última alteração: 2020-08-19

Resumo


INTRODUÇÃO
Em 1º de abril de 2015, entrou em vigor o Regulamento de relacionamento com os Intermediários da FIFA (RIFIFA), documento que encarrega às suas afiliadas a condição de reguladoras dos representantes dos jogadores de futebol (MARQUES, 2017). Através dessa medida, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) procurou extinguir as atividades dos agentes não licenciados, salvaguardando a transparência nas negociações, delegando mais funções administrativas às entidades nacionais (SOARES, 2015). Por conseguinte, a FIFA deixou de regulamentar o ofício, adjudicando às suas afiliadas essa condição. Entre as justificativas para que houvesse a desregulamentação da atividade de agente de futebol foi identificado que o sistema de licenciamento desses atores era falho, pois apenas 25% a 30% das transferências internacionais eram estabelecidas através de agentes licenciados (NOGUEIRA, 2014).
Por sua vez, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2015, publicou o Regulamento Nacional de Intermediários (RNI). Nessa disposição, seguindo sugestão da Federação Internacional de Futebol (FIFA), ficou determinado que o verbete intermediário é a forma de identificação dos agentes representantes de jogadores de futebol. Mesmo assim, esses atores sociais continuam sendo identificados no mundo futebolístico como empresários de futebol. Nesse cenário, o papel do intermediário é o de negociar entre clubes e atletas, bem como, a celebração de contratos de formação desportiva, contratos de trabalho desportivo ou relativos a direitos de imagem (SOARES, 2015).
Dessa forma, nos últimos anos, com um mercado globalizado e em expansão, a procura pelos serviços desses profissionais tem sido constante, tanto por parte dos atletas como pelos clubes. Porém, verifica-se no Brasil carência de pesquisas em relação a esse fenômeno no âmbito da educação física. Diante disso, o presente se justifica a partir de que produzirá conhecimentos que facilitará o entendimento das relações desses atores sociais para com atletas e associações futebolísticas.

OBJETIVOS;
A presente investigação tem como objetivo geral: entender as constituições das redes de relacionamento entre os intermediários, os clubes e os jogadores de futebol profissionais. Os objetivos específicos desse são descrever o processo de captação de atletas por parte dos intermediários; analisar porque os clubes se relacionam e utilizam dos serviços dos intermediários; observar quais são as vantagens que um atleta possui ao ser representado por intermediário e quais os serviços disponibilizados a esses.

METODOLOGIA;
O método de investigação a ser aplicado caracterizar-se-á como qualitativo com delineamento exploratório, o qual permitirá a interpretação dos resultados deparados. A seleção da amostra será não probabilística, de modo intencional, por conveniência. Participarão deste estudo, intermediários que figurem como cadastrados junto a Confederação Brasileira de Futebol, no qual sejam representantes de jogadores de futebol; atletas profissionais e diretores de futebol, todos com atuação no Rio Grande do Sul e/ou Santa Catarina. Para coleta de informações, serão utilizadas entrevistas semiestruturadas, as quais serão gravadas e posteriormente transcritas, sendo que serão submetidas ao processo em conformidade com os pressupostos da análise de conteúdo (BARDIN, 1999).

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