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PROGRAMA DE ACONSELHAMENTO DE ATIVIDADE FÍSICA EM UNIDADES DE SAÚDE PARA IDOSOS: RESULTADOS NOS ESTÁGIOS DE COMPORTAMENTO DE SAÚDE
Amanda Suely Rodriguez de Vargas

Última alteração: 2020-08-21

Resumo


PALAVRAS-CHAVE: idoso; exercício; educação em saúde.
INTRODUÇÃO
A educação para a saúde tem uma relação clara com as questões colocadas pelo envelhecimento, especialmente no que se concerne à manutenção de estilos de vida ativo (FARINATTI, 2008). Os programas relacionados à atividade física trazem inúmeros benefícios à população idosa, apresentando-se como estratégia na busca de um envelhecimento saudável. Tais atividades podem ser priorizadas em unidades de saúde, trazendo benefícios físicos e psicossociais, além de gerar grande economia no setor de saúde (SIQUEIRA et al., 2009).
Existem diversas teorias que explicam porque as pessoas praticam ou não determinados comportamentos de saúde. O Modelo Transteórico pode ser considerado um instrumento promissor de auxílio à compreensão da mudança comportamental relacionada à saúde, assim, o resultado da avaliação implica melhores estratégias para a promoção da mudança de comportamento (CALHEIROS et al., 2006). O modelo sustenta que as pessoas progridem por meio de cinco estágios (pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção), sendo possível criar estratégias específicas para mudança através do conhecimento do estágio em que o indivíduo se encontra e facilitar a mudança (SPENCER et al., 2006).
O objetivo do estudo foi avaliar o estágio de comportamento de saúde em idosos antes e após participação em um programa de aconselhamento de atividade física em unidades de saúde.
METODOLOGIA
É um estudo quase-experimental. Participaram 22 idosos (média de idade de 67,5±7,8 anos) participantes do programa de extensão "Vidas em Movimento", o qual tinha por objetivo incentivar e educar em relação à importância da atividade física na promoção da saúde, tendo sido realizado em unidades de saúde do Distrito de Saúde Glória/Cruzeiro/Cristal em Porto Alegre/RS.
Utilizou-se a escala de mudança de comportamento (DUMITH et al., 2008) para identificar o estágio de comportamento de mudança à prática de atividade física baseado no modelo transteórico, permitindo distinguir aqueles que estariam dispostos a fazer mudanças no seu estilo de vida dos que não pretendiam. A análise descritiva utilizou frequência e percentual, teste de Wilcoxon para dados não paramétricos com nível de significância de 95% (p≤0,05) no programa SPSS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados indicam que na avaliação pré, a maioria dos idosos 72,7% (n=16) estava no estágio de preparação, 27,3%(n=6) no estágio de ação e nenhum de manutenção. Na avaliação pós, houve mudança nos resultados, em que a maioria dos idosos do grupo aconselhamento encontrava-se no estágio manutenção (45,5%), ação (40,9%) e preparação (13,6%). A análise estatística indicou que houve diferença estatística significante na mudança de comportamento nesse programa (p=0,003).
Brazão et al. (2009) analisaram a prevalência dos estágios de mudança de comportamento em idosos de Rio Claro, 50,6% idosos encontrava-se no estágio pré-contemplação, seguido por manutenção (22,7%), ação (12,6%), contemplação (8,8%) e preparação (5,2%). Assim como no estudo de Sousa (2014), com idosos atendidos no serviço público de saúde, 42% foram classificados no estágio de manutenção (42%) e 24,67% no estágio de pré-contemplação. Em ambos os estudos, os maiores percentuais são observados nos estágios pré-contemplação e manutenção.
CONCLUSÃO:
Neste estudo, nenhum idoso foi classificado nos estágios de pré-contemplação e contemplação. Na avaliação pós, a maioria encontrava-se no estágio de ação e manutenção, mostrando que os idosos da amostra são mais ativos quando comparados com outros estudos com a mesma população. Os programas de aconselhamento proporcionam mudanças de hábitos, atitudes e comportamentos atrelados ao aumento de conhecimento, qualidade de vida e promoção da saúde.

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