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PENSAR A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESAFIOS E DIÁLOGOS A PARTIR DA OBSERVAÇÃO DO TRATO PEDAGÓGICO DOCENTE NO COMPONENTE CURRICULAR DE ESTÁGIO CURRICULAR I
Amanda Santana de Souza, Aiana Carvalho Carneiro, Denize de Azevedo Freitas, Suzana Alves Nogueira Souza

Última alteração: 2018-08-26

Resumo


PENSAR A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESAFIOS E DIÁLOGOS A PARTIR DA OBSERVAÇÃO DO TRATO PEDAGÓGICO DOCENTE NO COMPONENTE CURRICULAR DE ESTÁGIO CURRICULAR I

1. Estágio Curricular I: Problematizações e reflexões a partir da visão acadêmica
O estágio curricular supervisionado é disciplina obrigatória na matriz curricular do curso de Licenciatura em Educação Física na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) que tem como objetivo cumprir as exigências legais da formação profissional em Educação Física, oportunizando o contato dos estudantes com a prática pedagógica e o exercício profissional em salas de aula da educação básica. Segundo Carvalho et al. (2011), o estágio se aplica como um momento de encontro, de problematização e de potencialização entre os estudos e as experimentações oportunizadas pelos campos de atuação nos quais os acadêmicos possam estar inseridos. Deste modo, valida-se como importantes componentes curriculares as fases do estágio, principalmente por possibilitar ao acadêmico vivenciar este momento de experimentações,de possibilidades de redimensionar, reelaborar os conhecimentos teóricos-práticos da formação ao tempo que o aproxima com a formação do campo de atuação.
Métodos
A obtenção dos dados e informações sobre a escola, professores, turmas e gestão escolar foi coletada através de conversas entre os intervalos das aulas tanto com alguns alunos da turma quanto com gestores e houve conversas mais aprofundadas com alguns professores regentes das aulas observadas, onde fomos conhecendo mais o perfil das turmas, funcionamento da escola, a exploração do espaço escolar pelos alunos e como os comportamentos dos mesmos se diferenciam a depender das aulas.
Possibilidades: A inserção do professor de Educação Física na Educação Infantil
Ao falar de Educação Infantil torna-se impossível não ressaltar que, a disciplina de Educação Física ainda não se faz obrigatória nesta fase. Discordando totalmente deste fato, e visualizando diversas razões para que possa ser incluída, percebeu-se a necessidade da Educação Física para esta etapa da formação das crianças. Pode-se destacar primeiramente que, a Educação Física trabalha com desenvolvimento cognitivo e psicológico em seus conteúdos, e qual fase mais importante seria para trabalhar tais aspectos além da Educação Infantil? Deste modo, inicia-se destacando as lacunas que a falta desta disciplina nas aulas da Educação Infantil tem e como poderia ser benéfica a presença do conteúdo especifico com professores da área para estes alunos. Loureiro et al. (2011) mencionam que o papel do professor na educação infantil é realizar uma mediação para que os alunos consigam ter acesso ao conhecimento de representações, significados e sentidos da cultura as quais elas estão inseridas. Assim, as aulas de Educação Física vão além de um espaço de experimentação de atividades lúdicas, mas também um espaço de construção e de acesso ao conhecimento em suas diversas dimensões sociais.
Visibilizando novas práticas docentes no Ensino Fundamental a partir de uma visão crítica e especuladora
A Educação Física enquanto um importante componente curricular da Educação Básica e obrigatório, de acordo com Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB no. 9.394/96) deve assumir a tarefa de integralizar e introduzir o aluno na cultura corporal do movimento, assim formando o indivíduo que estará se formando, produzindo, reproduzindo e transformando a si mesmo a fim de instrumentalizá-lo para que possa estar usufruindo do jogo, dança, ginástica, esportes e práticas corporais, em benefício da qualidade de vida e desenvolvimento corporal e mental. De acordo com Betti e Zuliani (2002) “A Educação Física não pode transformar-se num discurso sobre a cultura corporal de movimento, sob pena de perder a riqueza de sua especificidade, mas deve constituir-se como uma ação pedagógica com aquela cultura”, ou seja, a partir desta afirmação visualizamos que na Educação Física não pode ocorrer divisões, não havendo prática e teórica, mas, sim , em conjunto há a explicação da corrente teórica do conteúdo trabalhado e momentos de vivencias que materializam o conteúdo apreendido.
A influência da Educação Física que envolve a cultura corporal e ao mesmo tempo desenvolvimento cognitivo e artístico no Ensino Médio
É importante mostrar ao aluno que a Educação Física na fase no ensino médio é tão relevante quanto nas demais outras fases, ou seja, o a exploração da cultura corporal de movimento tem a finalidade de integralizar o aluno. Considera-se, portanto, o papel da Educação Física nesta etapa bastante significativa e de grande valor para formação do indivíduo. Não desconsiderando que também nesta fase há a possibilidade de explorar o desenvolvimento de pensamentos abstratos e lógico, explorando assim a capacidade de análise crítica que se faz presente nessa faixa etária dos alunos. Desenvolvendo, assim, aspectos teóricos mais complexos dos conteúdos específicos e saindo da superficialidade e auxiliando a sua formação enquanto cidadão, de maneira plena e autônoma.
Considerações Finais
Destarte, visibiliza-se que o estágio supervisionado é uma etapa da formação que se faz necessária e a universidade utiliza para realizar as primeiras aproximações do futuro docente ao ambiente escolar. Além de fazer com que possam compreender como será a futura atuação como educador. Ao concluir os estágios, espera-se que os acadêmicos possam sair com conhecimentos adequados para que se sintam familiarizados e estejam aptos para atuar nas atividades docentes que são exigidas do professor. dentro de uma sala de aula ou em outra atividade de caráter pedagógico.
Palavras-chaves: Estágio; Educação Física Escolar; Prática Docente.






REFERÊNCIAS

BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 1, n. 1, 2009.
CARVALHO, Ana Carla Dias; PINHEIRO, Maria do Carmo Morales; DE PAULA, Maristela Vicente. O Estágio na Formação Docente em Educação Física: problematização inicial. Cadernos de Formação RBCE, v. 2, n. 2, 2011.
LOUREIRO, Walk; DA CRUZ JUNIOR, Antônio Fernandes; SILVA, Elizete Aparecida. Educação física e artes: trabalhando na educação infantil de maneira interdisciplinar. Cadernos de formação RBCE, v. 2, n. 1, 2011.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança.2 ed. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

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