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RESUMO


PALAVRAS-CHAVE: educação física; gênero; escola.


INTRODUÇÃO
A escola como instituição democrática deve promover a participação, o respeito e o desenvolvimento dos alunos, segundo Carballo (2018) baseada em uma educação integral que proporcione aos indivíduos uma autonomia permitindo um aprendizado nas diferentes áreas de ensino que podem ser utilizadas nos diversos espaços de socialização dos sujeitos, isto se dá, pela propagação de conhecimentos e da construção de relações sociais no ambiente escolar.
Identificar neste espaço de aprendizagem os processos de produção de gênero no contexto da Educação Física Escolar, nos possibilita perceber como a utilização reducionista dos papeis de gênero pode resultar em sexismos nas aulas, tanto por parte dos alunos quanto dos professores. Essa proposição é decorrente do que perpassa em sociedade, sobre a noção de papeis sociais de gênero, ou ainda por questões biológicas, relacionadas à força que podem designar a superioridade ou inferioridade de um em relação ao outro. Todas essas atribuições podem gerar um desinteresse e acomodação, ou não, por parte das meninas, na realização das práticas de educação física na escola. Trazer para a ceara de discussão o entendimento de gênero inteligível (BUTLER, 2015) é importante para problematizar esses acontecimentos.
OBJETIVO
Partindo desses argumentos objetivamos identificar, se tais comportamentos são influenciados pelos conteúdos abordados nas aulas, que permitem uma facilidade ou dificuldade na inclusão das meninas nas aulas, e ainda quais as justificativas para participação ou não das meninas no processo de ensino-aprendizagem em Educação Física.

METODOLOGIA
A pesquisa em andamento é de cunho qualitativo-exploratório. A construção dos dados tem se realizado a partir de uma revisão bibliográfica utilizando os descritores: Educação Física; Gênero; Educação Física escolar e gênero, encontrados nas bases de dados Periódicos CAPES e SCIELO no período entre 2011 e 2021 (; aplicação de questionário semiestruturado online (Google forms) e entrevistas por videochamada (Google Meet) com alunos/as de uma escola de ensino fundamental do Município de Pinheiro/MA durante os meses de agosto e setembro de 2021. Todos os participantes assinarão o TCLE e o TALE.

RESULTADOS PARCIAIS
A consolidação do levantamento bibliográfico realizando durante o mês de abril de 2021 a partir dos descritores: educação física escolar e gênero, combinados entre si, de artigos indexados nas bases de dados Periódico CAPES e SCIELO, em que foram encontrados 1531 artigos. Como critérios de inclusão utilizou-se publicações em português, disponíveis no período de 2011 e 2021 que em seus títulos abordavam a temática a ser desenvolvida, sendo identificados 303 estudos. Destes foram removidos os artigos repetidos e os que o nível de ensino não se enquadrava na pesquisa, permanecendo 180 artigos. Após a leitura dos resumos, os 23 artigos remanescentes apontaram como se estabelecem as relações de gênero nas aulas de educação física escolar, os comportamentos observados pelos alunos e professores sobre a inclusão e exclusão das meninas nas aulas práticas e sobre como os conteúdos abordados nas aulas permitem uma educação inclusiva de gênero.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
As análises realizadas até o momento têm se mostrado como elementos importantes para a para a reflexão sobre como o planejamento escolar, é essencial para a promoção de ensino inclusivo, que permite uma participação efetiva de meninos e meninas nas aulas de educação física, além de evidenciar o crescimento das discussões sobre o tema na área da Educação Física Escolar.