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PILATES COMO ADJUVANTE DO TRATAMENTO DO CÂNCER: UM RELATO DE CASO
SUZANNE FEITOSA QUEIROZ, Aline da Silva Adães Motta, Anne Martins Guimarães, Mariana Sales Costa, Aline Marques Mendonça, Cloud Kennedy Couto de Sá

Última alteração: 2012-11-13

Resumo


Embora o Pilates tenha sido proposto como uma tendência e diversos estudos tenham documentado sua efetividade, pouco se tem referido a sua importância ou utilidade para pacientes com câncer. OBJETIVO: discutir o Pilates como adjuvante do tratamento do câncer e a apresentar elementos que orientem uma programação de exercícios resistidos adaptados para pacientes com câncer. MÉTODO: neste estudo de caso, um sujeito de 56 anos, inativo, com câncer de estômago de estadiamento II, já submetido a uma cirurgia para retirada de parte do órgão e sob tratamento quimioterápico realizou 7 sessões de exercícios baseados no método Pilates (uma única série, 8 a 12 repetições máximas). Foram observados a percepção do sujeito frente aos estímulos, 2) menção espontânea do sujeito relacionado ao efeito do exercício em seu desempenho cotidiano, 3) a destreza na execução dos exercícios, 4) indicadores de aptidão física e 5) indicadores de fadiga. RESULTADOS: Observou-se melhoria da qualidade de vida do paciente e retorno às atividades da vida diária. Teste de abdominal por minuto (24 repetições – classificado como médio); IMC (18,6 – Normal); IC (0,61) e RCCQ (0,78), ambos indicam baixo risco para doenças cardiovasculares. A flexibilidade aumentou em 6 cm. Não houve melhora na capacidade cardiorrespiratória e em relação aos níveis de fadiga, apenas a EFP mostrou uma diminuição satisfatória, com redução de nível moderado para médio. CONCLUSÃO: Os resultados demostram que um programa de exercícios baseado no Método Pilates pode reduzir os níveis de fadiga, melhorar a qualidade de vida e aumentar a força em pacientes com câncer de estômago submetidos a tratamento quimioterápico.

Palavras-chave


Pilates; fadiga; câncer

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